quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Contabilidade de Custos - Parte II

Olá, caros leitores. Hoje daremos continuidade ao conteúdo da postagem anterior, o material elaborado pela Faculdade Machado de Assis . 
http://www.portaladm.adm.br/ANC/anc4_arquivos/anc4.h1.gif



CUSTOS POR COMPORTAMENTO

Custos fixos

Custos Fixos são aqueles cujo total não varia proporcionalmente ao volume produzido. Por exemplo: aluguel, seguro de fábrica etc.

Um aspecto importante a ressaltar é que os custos fixos são fixos dentro de determinada faixa de produção e, em geral, não são eternamente fixos, podendo variar em função de grandes oscilações no volume de produção.

Observe que os custos fixos são fixos em relação ao volume de produção, mas podem variar de valor no decorrer do tempo. O aluguel da fábrica, mesmo quando sofre reajuste em determinado mês, não deixa de ser considerado um Custo Fixo, uma vez que terá o mesmo valor qualquer que seja a produção do mês. Outros exemplos: impostos predial, depreciação dos equipamentos (pelo método linear), salários de vigias e porteiros da fábrica, prêmios de seguros etc.

Custos Variáveis

São os que variam proporcionalmente ao volume produzido. Exemplos: matéria-prima, embalagem.
Se não houver quantidade produzida, o custo variável será nulo. Os custos variáveis aumentam à medida que aumenta a produção.

Outros exemplos: materiais indiretos consumidos, depreciação dos equipamentos quando esta for feita em função das horas/máquinas trabalhadas, gastos com horas extras na produção etc.




CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO

Representam o esforço empregado pela empresa no processo de fabricação de determinado item (mão-de-obra direta e indireta, energia, horas de máquina etc.) Não inclui matéria-prima e outros produtos adquiridos prontos para consumo.

CUSTOS PRIMÁRIOS

É a soma simples de matéria-prima e mão-de-obra direta. Não é o mesmo que o custo direto, que é mais amplo, incluindo, por exemplo: materiais auxiliares, energia elétrica etc.

CUSTOS POR FUNÇÃO

Materiais Diretos

São os materiais que se incorporam (se identificam) diretamente aos produtos. Exemplos: matéria-prima, embalagem. Materiais auxiliares tais como cola, tinta, parafuso, prego etc.

Mão-de-obra direta

Representa custos relacionados com pessoal que trabalha diretamente na elaboração dos produtos, por exemplo, o empregado que opera um torno mecânico. A mão-de-obra direta não deve ser confundida com a de um operário que supervisiona um grupo de torneiros mecânicos.

Como regra prática, podemos adotar o seguinte critério: sempre que for possível medir a quantidade de mão-de-obra aplicada a determinado produto é mão-de-obra direta, caso contrário, havendo necessidade de rateio, é mão-de-obra indireta.

Na medição da mão-de-obra direta, podem surgir dificuldades e, principalmente, certos custos, que levam as empresas a tratar gastos de mão-de-obra, que por sua natureza são diretos, como custos indiretos. Evidentemente, o custo dos produtos ficará distorcido, cabendo à empresa um estudo de custo-benefício para decidir qual é o tratamento mais adequado.

Há que se lembrar, ainda, que o cálculo do custo da hora – de mão-de-obra (quer direta, quer indireta) – deve levar em conta todos os encargos sociais, como IAPAS, FGTS, 13 salário etc., e também deve ser feito um ajuste para considerar as horas efetivamente trabalhadas e o tempo improdutivo decorrente de férias, fim de semana remunerado, feriados etc.


RATEIO

Representa a alocação de custos indiretos aos produtos em fabricação, segundo critérios racionais. Exemplo: depreciação de máquinas rateada segundo o tempo de utilização (h/m) por produto etc. Contudo, dada a dificuldade de fixação de critérios de rateio, tais alocações carregam consigo certo grau de arbitrariedade.

A importância do critério de rateio está intimamente ligada à manutenção ou uniformidade em sua aplicação. Devemos lembrar que a simples mudança de um critério de rateio afeta o curso de produção e consequentemente afetará o resultado da empresa.

FORMAS DE RATEIO DOS GGF – Gastos Gerais de Fabricação

Uma vez determinado o critério ou base de rateio, a execução do rateio consiste numa regra de três simples.

Exemplo:  Suponhamos que temos que ratear gastos com material indireto que totalizaram R$ 20.000,00 entre três produtos, A, B, C,  e que a base de rateio seja gasto de matéria-prima incorrida em cada produto conforme abaixo:

PRODUTO
MATÉRIA PRIMA
A
50.000,00
B
125.000,00
C
75.000,00
TOTAL
250.000,00

O rateio do material indireto para o produto A será:  R$ 20.000 estão para $ 250.000,00,
assim como, X está para    R$  50.000,00, logo:

                                                   x = 50.000 x 20.000 = R$ 4.000,00
                                                                250.000

                    produto B                                                            produto C   

            20.000 = 250.000, logo:                                       20.000 = 250.000, logo:
                x         125.000                                                           75.000

 x = 20.000 x 125.000 = R$ 10.000,00                x = 20.000 x 75.000 = R$ 6.000,00
             250.000                                                                250.000

Outra forma de efetuar o rateio seria estabelecer a porcentagem de cada produto em relação ao critério de rateio e multiplicar a porcentagem pelo valor a ser rateado. Veja quadro a seguir:

Produtos
Critério de rateio = gasto com
matéria-prima
%
 Material Indireto
   (% x 20.000)
A
50.000
20
4.000
B
125.000
50
10.000
C
75.000
30
6.000
Total
250.000
 100
20.000

Há mais uma maneira de efetuar a distribuição dos custos indiretos. Toma-se o valor do mesmo e divide-se pelo valor total do parâmetro de rateio. Multiplica-se a seguir pelo valor do parâmetro correspondente a cada produto.

Assim:

Valor do custo indireto
20.000,00
(+) Valor total do gasto com matéria-prima
250.000,00
(=) R$ de custo indireto por R$ de matéria-prima
0,08

              PRODUTO A                      R$   50.000  x   0,08 = R$   4.000,00
              PRODUTO B                      R$ 125.000  x   0,08 = R$ 10.000,00
              PRODUTO C                      R$   75.000  x   0,08 = R$   6.000,00

Como se percebe, qualquer que seja a forma de efetuar o rateio, chega-se sempre ao mesmo resultado. Cabe decidir qual delas lhe é  mais conveniente.



CENTRO DE CUSTO


Em princípio, centros de custos são departamentos de área de produção diferenciados segundo a função de cada um no processo produtivo. Por vezes, essa diferenciação está mais ligada ao fator econômico, em vista da maior ou maior uniformidade de custos incorridos nas várias funções, do que sob o ponto de vista tecnológico, pois este está mais ligado à natureza das fases de processo.

Distinguem-se fundamentalmente duas espécies de centro de custos:

Centro de custos produtivos

São centros onde os produtos da linha de comercialização da empresa são fabricados, por meio de operações de produção parcial ou de acabamento final.

Centro de custos auxiliares

 São centros de prestação de serviços aos centros de custo produtivos ou àqueles de sua espécie, possibilitando a continuidade das condições de produção. Podem exercer controle de condições e pessoas, manutenção de equipamentos, distribuição de insumos como água, energia elétrica, vapor, gás, frio, etc...Eventualmente, podem gerar receitas, por prestação de serviços a terceiros.

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Referência 

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