Olá, caros leitores. Esta semana trataremos da Contabilidade
de Custos, trazendo alguns conceitos básicos para melhor entendimento desta
ferramenta contábil. Trouxemos pra vocês este material da Faculdade Machado de
Assis, que será dividido em duas postagens.
CONTABILIDADE DE
CUSTOS
Fonte: http://www.portaladm.adm.br/ANC/anc4_arquivos/anc4.h1.gif
A necessidade da análise e do
controle dos gastos empresariais acentua-se à medida que cresce a competição
entre as empresas.
A Contabilidade de Custos – que
atende essa necessidade – destina-se à geração de informações contábeis de
interesse dos usuários internos da empresa, servindo de apoio indispensável a
decisões gerenciais das mais diversas naturezas.
Custo é uma despesa que se faz a fim de obter um
rendimento. Ao estabelecer um preço, para seu produto ou serviço, deve-se saber
qual é seu custo total e o custo por unidade.
Diferentes tipos de custos são usados para diferentes
propósitos, e a escolha correta poderá assegurar o uso apropriado dos recursos
do departamento.
1.1-
Natureza: o custo representa um
consumo de valores decorrentes de atividades industriais, comerciais ou de
prestação de serviços. Normalmente os custos antecedem as receitas (vendas). Ao
custo inicial geralmente são agregados outros gastos, como por exemplo à
matéria prima são adicionados os custos de mão-de-obra, de energia elétrica,
etc. no processo de transformação em produtos acabados.
1.2- Importância e finalidade: A determinação do preço de custo dos bens e serviços é
necessária para fixação do preço de venda desses mesmos bens e serviços.
1.3 - CONTABILIDADE DE CUSTOS E CONTABILIDADE FINANCEIRA
. Contabilidade
financeira: tem por
objetivos determinar de um lado o valor dos bens, direitos e obrigações e da
situação líquida da empresa através do balanço e, de outro, determinar o lucro
ou prejuízo através do demonstrativo de resultado. Vale dizer, a contabilidade
de financeira se relaciona com o mundo exterior, com o mercado, com os seus
devedores (clientes, por exemplo) e, de outro lado com os seus credores
(fornecedores, governo pelos impostos, bancos pelos financiamentos recebidos).
A contabilidade financeira também é denominada de contabilidade externa.
. Contabilidade
de custos: É a
contabilidade interna econômica. Tem por objetivo determinar o custo de
fabricação e comercialização de um produto ou serviço.
1.4-
Contabilidade
Gerencial: É o
conjunto de conhecimentos (administrativos, estatísticos, matemáticos,
jurídicos, econômicos, orçamentários) que atuando em conjunto com a
contabilidade de custo e financeira, tem por objetivo fundamental informar a
alta administração para a tomada de decisões corretas no mundo dos negócios.
1.5-
Investimento: É toda aplicação de recursos
monetários, próprios ou de terceiros, em bens de produção (matérias-primas,
materiais diversos), bens de consumo (material de limpeza e conservação) e bens
de uso (prédios industriais e administrativos, máquinas, equipamentos, marcas,
patentes, etc.).
1.6-
Custo: É o consumo das aplicações
de recursos. O custo ocorre pela requisição da matéria-prima, do material de
consumo, pela depreciação das máquinas e equipamentos. É o consumo de um bem
ativo em função do processo produtivo.
1.7-
Despesa e perda: Despesa: As
despesas vencem em função do tempo e não da produção. Exemplos: o aluguel de um
galpão industrial, o pagamento de salários e encargos sociais, têm que ser
pagos no final do mês, independentemente se houve produção ou não.
Perda: É o consumo improdutivo decorrente do processo bril ou
pela ação da própria natureza. Ex. Evaporação do líquido necessário ao processo
produtivo; ação da luz nos filmes virgens, etc. Todo esses conjunto de perdas
representa consumo de aplicação de recursos monetários nos bens acima
descritos, improdutivamente. São por conseguinte, redução do valor patrimonial
de uma empresa.
TERMINOLOGIA CONTABIL
O objetivo é uniformizar o entendimento de determinados
termos que serão utilizados.
GASTO – Sacrifício que a entidade
arca para obtenção de um bem ou serviço, representado por entrega ou processo
de entrega de ativos (normalmente dinheiro).
O gasto se concretiza quando os serviços ou bens
adquiridos são prestados ou passam a ser de propriedade da empresa.
DESEMBOLSO – Pagamento resultante da
aquisição de um bem ou serviço. Pode ocorrer concomitantemente ao gasto
(pagamento a vista) ou depois deste (pagamento a prazo).
CUSTO POR FACILIDADE
DE RASTREAMENTO
Custos Diretos
São os que podem ser diretamente (sem rateio), apropriados
aos produtos, bastando existir uma medida de consumo (quilos, horas de
mão-de-obra ou de máquina, quantidade de força consumida etc.). Em geral,
identificam-se com os produtos e variam proporcionalmente à quantidade
produzida.
São aqueles que podem ser apropriados diretamente aos
produtos fabricados, porque há uma medida objetiva de seu consumo nesta fabricação.
Exemplos:
1- Matéria-prima. Normalmente, a empresa sabe qual a quantidade exata de
matéria-prima que está sendo utilizada para a produção de uma unidade do
produto. Sabendo-se o preço da matéria-prima, o custo daí resultante está
associado diretamente ao produto.
2- Mão-de-obra Direta. Trata-se dos custos com os trabalhadores utilizados
diretamente na produção. Sabendo-se quanto tempo cada um trabalhou no produto e
o preço da mão-de-obra, é possível apropriá-la diretamente ao produto.
3-
Material de embalagem
4- Depreciação de equipamento, quando é utilizado para
produzir apenas um tipo de produto.
5- Energia elétrica das máquinas, quando é possível saber
quanto foi consumido na produção de cada produto.
Custos Indiretos
São os que, para serem incorporados aos produtos,
necessitam da utilização de algum critério de rateio. Exemplos: aluguel,
iluminação, depreciação, salário de supervisores etc.
Na prática, a separação de custos em diretos e indiretos,
além de sua natureza, leva em conta a relevância e o grau de dificuldade de
medição. Por exemplo, o gasto de energia elétrica(força) é, por sua natureza,
um custo direto, porém, devido as dificuldades de medição do consumo por
produto e ao fato de que o valo obtido por rateio, em geral, pouco difere
daquele que seria obtido com uma medição rigorosa, quase sempre é considerado
como custo indireto de fabricação.
São os custos que dependem de cálculos, rateios ou
estimativas para serem apropriados em diferentes produtos, portanto, que só são
apropriados indiretamente aos produtos. O parâmetro utilizado para as
estimativas é chamado de base ou critério de rateio.
Exemplos:
1. Depreciação de equipamentos
utilizados na fabricação de mais de um produto.
2. Salários dos chefes de
supervisão de equipes de produção.
3. Aluguel da fábrica.
4. Gastos com limpeza da fábrica
5. Energia elétrica que não pode
ser associada ao produto
Referência
www.famanet.br/ambientes/adm/PDF/custos_teoria_21_02_07.doc
Acesso em: 09 de nov. de 2014
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