sexta-feira, 31 de outubro de 2014
Resultado do Sorteio
Pessoal, já temos o felizardo!
Agradecemos a todos que participaram da nossa promoção. Peço que continuem conectados ao nosso Blog, ainda temos muito para contribuir com vocês. Aproveito o momento para divulgar que em breve teremos uma nova promoção, sortearemos o livro da prof. Dra. Umbelina Lagioia, o mesmo já está dedicado pela Autora. Você, com certeza, não vai ficar de fora.
Mas enfim, vamos ao que interessa, o felizardo é Danilo Roberto Zanuto, segue o link do resultado. Mais uma vez obrigado a todos.
sorteiefb.com.br/resultado?id=2cn9
Balanced Scorecard
Olá, nesta postagem iremos falar de mais uma ferramenta da
Contabilidade Gerencial, o Balanced Scorecard.
O Balanced Scorecard apresentado por Kaplan e
Norton em 1992, é um dos artefatos modernos da Contabilidade Gerencial. De
acordo com Serra et al (2013, p. 324) “scorecard significa,
em inglês, cartão para registro de resultados; balanced
significa equilibrado, ou balanceado. A própria designação mostra, assim, a
característica funda- mental desta ferramenta de implementação da estratégia: o
equilíbrio entre os indicadores de desempenho.”
Na visão dos criadores, o BSC pode ser utilizado pelas
organizações como um sistema de gestão estratégica, permitindo que as mesmas
administrem o alcance de sua estratégia no longo prazo (KAPLAN; NORTON, 1996,
p. 10, apud FREZATTI et al, 2011) ao
permitir:
a) Explicar e traduzir a visão e a estratégia.
b) Comunicar e ligar os objetivos estratégicos e a forma de
mensurá-los.
c) Planejar, estabelecer metas e alinhar as iniciativas
estratégicas.
d) Melhorar o feedback e a aprendizagem.
Os próprios autores (Kaplan e Norton) fazem questão de
mencionar que na Europa, mas especificamente na França, já existia, a mais de
duas décadas (isso em 1996), um sistema semelhante, nomeado de Tableau de Bord. Este tem por finalidade
ajudar a conduzir a empresa mediante a identificação dos fatores-chave de
sucesso, principalmente os que podem ser medidos por variáveis físicas.
(PADOVEZE, 2010)
O balanced scorecard pode ser
utilizado como alinhador estratégico da organização. A definição de indicadores,
presentes neste artefato, para as várias dimensões faz com que as mesmas tenham
metas específicas para dado período. Não sugeri a substituir o processo de
planejamento de modo geral, mas sim como alternativa e/ou complementando o
processo. Os criadores consideram que pode ser utilizado como sistema de gestão
da estratégia da entidade ou como alinhador da mesma. (FREZATTI, 2013)
Essa ferramenta baseia-se na representação equilibrada dos indicadores
financeiros e operacionais, distribuídos em quatro perspectivas: a financeira,
a dos clientes externos, a dos processos internos e a de aprendizagem e
crescimento. (SERRA et al, 2013).
A perspectiva financeira tem por objetivo especificar os
fatores críticos de sucesso requeridos pelos acionistas. Na perspectiva dos clientes externos as empresas identificam
os segmentos de clientes e os segmentos de mercado nos quais desejam competir,
gerenciando os fatores críticos de sucesso relacionados aos clientes. Os
processos internos são essenciais para continuidade do negócio, nessa
perspectiva os gestores devem identificar as características de custo,
qualidade, tempo e desempenho que lhes permitam oferecer produtos e serviços
que atendam às necessidades dos clientes da organização. E por fim, na
perspectiva de aprendizagem e crescimento são desenvolvidos objetivos e medidas
para orientar o aprendizado e o crescimento organizacional. (FREZATTI et al,
2011)
Imagem 1 - Possível estratégia na Jaguar e o balanced scorecard.
Fonte:
Garrison, 2013, p.487
Isso é apenas uma amostra do Balanced Scorecard, está ferramenta é extremamente rica de detalhes
e de informações, em nossa próxima postagem daremos continuação a essa
ferramenta e para mais detalhes consultem a nossas referências. Até mais!
Referências
FREZATTI, F. et al. Controle
gerencial: uma abordagem da contabilidade gerencial no contexto econômico,
comportamental e sociológico. São Paulo: Atlas, 2011.
FREZATTI, F. Orçamento empresarial: planejamento e controle gerencial. 5. ed. Atlas,
2013.
GARRISON, R. H.; NOREEN, E. W.; BREWER,
P. C. Contabilidade Gerencial. 14. ed. Porto Alegre: AMGH,
2013.
PADOVEZE, C. Contabilidade gerencial: um enfoque em
sistema de informação contábil. 7.ed. Atlas, 2010.
SERRA, F.
R. et al. Gestão estratégica:
conceitos e casos. São Paulo: Atlas, 2013.
terça-feira, 28 de outubro de 2014
Just in Time e Benchmarking
Caros leitores, hoje apresentamos a vocês duas ferramentas
consideradas como modernas para a contabilidade gerencial: o Just in time e o Benchmarking.
Just in time
Fonte:http://gestaoempresarialequalidade.blogspot.com.br/2012/06/just-in-time-jit.html
De acordo com Gitman (2006, p.407) “O sistema Just
in Time (JIT) é usado para minimizar o investimento em estoque. A filosofia
é que os materiais devem chegar exatamente no momento em que eles são
necessários para a produção.” Ou seja, a empresa manteria apenas o seu estoque
necessário para operação em andamento, não possuindo estoques de segurança.
Para que o JIT funcione corretamente, a empresa precisa estar em perfeita
sintonia com as partes envolvidas (os fornecedores, as empresas de expedição e
os empregados).
“Conceitualmente, o JIT enfoca que as compras de materiais
só devem ser feitas em quantidade e no momento exato da necessidade da
produção, processadas em seguida e os produtos concluídos devem imediatamente
ser expedidos aos clientes.” (PADOVEZE, 2010, p.625)
Padoveze (2010) adaptou de Garrison os seguintes elementos
fundamentais para implementação e manutenção do sistema JIT com sucesso:
a) a empresa deve aprender a trabalhar com poucos
fornecedores, de confiança e que assegurem a qualidade e prazos de entrega de
materiais;
b) os fornecedores devem ter condições de entregar os
materiais em lotes pequenos, de forma rápida, continua e integrada com o fluxo
de produção da empresa compradora, em intervalos de tempo pequenos, diários ou
até́ horários;
c) a empresa deve implementar a filosofia TQC, de forma que
a qualidade durante todo o processo de fabricação seja assegurada e que nenhum
defeito seja permitido durante o processamento fabril;
d) a empresa deverá ter operários multiespecializados,
deforma a atender a produção de forma flexível, e provavelmente deverá
rearrumar a fábrica dentro do conceito de ilhas ou células de produção.
Garrison (2013, p.11) apresenta o sistema Just in time como produção enxuta e
define como “uma abordagem de gestão que organiza recursos como pessoal e
máquinas em torno do fluxo de processos de negócios e que somente produz
unidades em resposta a pedidos dos clientes.”
O pensamento enxuto é diferente dos demais métodos de
produção tradicionais, que dividem os trabalhos em departamentais e encorajam
esses departamentos a maximizarem sua produção, mesmo que isso venha
ultrapassar a demanda e abarrotar os estoques. Com esse pensamento enxuto, o
número de unidades produzidas tende a ser igual ao número de unidades vendidas.
Essa abordagem resulta em menos defeitos, menos esforços desperdiçados e tempos
mais curtos de resposta ao cliente do que os apresentados pelos métodos de
produção tradicionais. (GARRISON, 2013)
Exemplo prático Just in time
Feitosa et al (2010) realizou um estudo em uma empresa do
setor calçadista de Campina Grande – PB, verificando se a utilização deste sistema
de produção proporciona vantagens para a empresa estudada. Para atingir aos
seus objetivos, os autores realizaram visita técnica à empresa, diálogos
informais, observação-participante e revisão bibliográfica.
Quanto aos resultados, eles observaram que a empresa não faz
uso integral dos princípios da filosofia Just
in Time, tendo em vista que em algumas atividades da produção os princípios
se aplicam parcialmente. Entretanto, em outras etapas do processo produtivo as
diretrizes são aplicadas totalmente. A implementação deste sistema pela empresa
possibilitou a redução de custos e a melhor coordenação do processo produtivo.
Assim, os autores concluíram que a prática deste sistema é vantajosa para
empresa estudada, na medida que segue promovendo a melhoria contínua dos
processos.
Benchmarking
O Benchmarking é
uma técnica de pesquisa desenvolvida nos Estados Unidos, por volta dos anos 70,
que procura identificar em outras empresas algum procedimento ou técnica para
melhoria de alguma atividade especifica. Do ponto de vista de pesquisa é uma
metodologia que se assemelha ao estudo de caso. (LAS CASAS, 2012)
“Benchmarking é
uma abordagem sistemática para identificar as atividades que mais precisam de
melhorias, e se baseia na comparação do desempenho de uma organização com o de
outras organizações similares conhecidas pelo excelente desempenho.” (GARRISON,
2013, p.298)
De acordo com Martins, Protil e Doliveira (2010, p.2) “de
diferentes formas e com diferentes enfoques o benchmarking vem sendo aplicado por praticamente todos os tipos de
organizações, tanto em indústrias como em empresas prestadoras de serviços.”
Estamos chegando ao fim das principais ferramentas
utilizadas pela contabilidade gerencial, em breve lançaremos mais uma promoção
com sugestão de tema para as próximas postagens, mas por enquanto curtam a
nossa FanPage e participe da nossa
promoção, o sorteio será no dia 31/10. Até mais.
Referências
FEITOSA, M. J. S. et al. Análise da aplicação do sistema
Just in Time em uma indústria calçadista de Campina Grande – PB: um estudo de
caso na São Paulo Alpargatas. INGEPRO – Inovação, Gestão e Produção,
Santa Catarina, v. 2, n. 9, set. 2010. ISSN 1984-6193
GARRISON, R. H.; NOREEN, E. W.; BREWER,
P. C. Contabilidade Gerencial. 14. ed. Porto Alegre: AMGH,
2013.
GITMAN, L. J.; MADURA, J. Administração financeira uma abordagem gerencial. São Paulo: Pearson
Addison Wesley, 2006.
Las Casas, Alexandre. Marketing
de Serviços. 6 ed. Atlas, 2012.
MARTINS, M. M. C.; PROTIL, R. M.; DOLIVEIRA, S. L. Avaliação
do Benchmarking como Ferramenta de Gestão Estratégica para Cooperativas
Agroindustriais. In: Congresso SOBER - Sociedade Brasileira de Economia,
Administração e Sociologia Rural, 48., 2010, Campo Grande.
PADOVEZE, C. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação
contábil. 7.ed. Atlas, 2010
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Custeio RKW e Preços de Transferência
Olá caros leitores, hoje iremos finalizar os sistemas de Custeio com o Custeio RKW e em
seguida será apresentada mais uma ferramenta Gerencial: Preço de Transferência.
Custeio RKW
Conhecida no Brasil
como RKW (abreviação de Reichskuratorium
für Wirtschaftlichkeit), trata-se de uma técnica disseminada originalmente
na Alemanha, que consiste no rateio não só́ dos custos de produção como também
de todas as despesas da empresa, inclusive financeiras, a todos os produtos.
Funciona com base na alocação dos custos e despesas aos diversos departamentos
da empresa para depois ir-se procedendo às várias series de rateio de forma
que, ao final, todos os custos e despesas estejam recaindo exclusivamente sobre
os produtos. (MARTINS, 2010)
É Considerado por
Fontoura (2013) o método precursor do Sistema ABC, que por muito tempo foi
considerado erroneamente como método inovador, afirma também sua semelhança com
o método UEP, por tratar os custos de transformação que tem parâmetros
coerentes de distribuição primária e secundária.
Com a apresentação do Custeio RKW encerramos a apresentação
dos Custeios mais utilizados. Agora, daremos continuidade as Ferramentas
Gerenciais com os Preços de Transferência.
Preços de
Transferência
Fonte: http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/imagens/preco-de-transferencia.jpg
De acordo com Padoveze (2010, p. 284), “Preço de
transferência é o valor obtido pelo método de mensuração da receita dos
produtos e serviços transferidos internamente.”
Segundo Grunow e Beuren (2011), o preço de transferência
pode ser conceituada na perspectiva fiscal e gerencial. Na perspectiva fiscal o
preço de transferência é o valor cobrado pela empresa na venda ou transferência
de bens, serviços ou propriedade intangível, à empresa a ela relacionada.
Enquanto na perspectiva gerencial, o preço de transferência é um valor definido
em termos monetários para registrar as transferências de bens e serviços
realizadas entre os centros de responsabilidade de uma empresa.
Para Garrison (2013, p. 505), “um preço de transferência é o
preço cobrado quando um segmento de uma empresa fornece produtos ou serviços
para outro segmento da mesma empresa.”
Nas próximas postagens continuaremos com as Ferramentas
Gerenciais. Nossa Promoção já foi lançada, o sorteio será no dia 31/10. Participe,
não fique de fora e não deixe de Curtir a nossa FanPage no FaceBook. Até
mais!
Referências
FONTOURA, F. Gestão de custos: uma visão integradora e prática dos
métodos de custeio. São Paulo: Atlas, 2013.
GARRISON, R. H.; NOREEN, E. W.; BREWER,
P. C. Contabilidade Gerencial. 14. ed. Porto Alegre: AMGH,
2013.
GRUNOW, A.; BEUREN, I. M. Finalidade da
Utilização do Preço de Transferência nas Maiores Indústrias do Brasil. Revista de Contabilidade do Mestrado em
Ciências Contábeis da UERJ (online), Rio de Janeiro, v. 16, n. 2, p. 80-95,
maio/ago., 2011. ISSN 1984-3291
MARTINS,
E. Contabilidade de Custos. 10.ed.
São Paulo: Atlas, 2010.
PADOVEZE, C. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação
contábil. 7.ed. Atlas, 2010
terça-feira, 21 de outubro de 2014
Sorteio de Livro
Olá queridos leitores, para movimentar um pouco mais a nossa Página no FaceBook iremos sortear o livro Negócio Fechado: Guia Empresarial de Viagens. Para participar da promoção você precisa:
1. Curtir a nossa FanPage (só receberá o livro quem tiver
curtido nossa página no Facebook);
2. Compartilhar o link dessa postagem em sua linha do tempo
(é importante que você clique em compartilhar a partir da página do facebook,
pois assim poderemos confirmar se a pessoa que ganhou também compartilhou -
caso contrário terei que sortear de novo).
3. Clicar no link da promoção para ativar a sua participação
no sorteio (é preciso clicar em "Quero participar").
O sorteio será realizado no dia 31/10/2014. Participe! Não fique de fora!
Aqui temos uma pequena descrição do livro que estamos sorteando.
Negócio Fechado: Guia Empresarial de Viagens (selo Escrituras, em parceria com a KPMG) é a bússola que todo executivo atual necessita para entender as culturas negociais corretas, em qualquer continente do mundo. Em uma economia sem fronteiras, a postura e a etiqueta podem ser fatores de sucesso em uma transação comercial.
O perfil do executivo internacional é o de um profissional que consegue deixar seus hóspedes à vontade, conhece e respeita o protocolo, observa os costumes, é criativo e empreendedor, fala vários idiomas e tem uma visão global. Fazer negócios é algo muito mais amplo do que simplesmente negociar. Fazer negócios é socializar e implica amizade, etiqueta, paciência, protocolo e uma longa lista de detalhes culturais.
Mais importante do que o conhecimento do idioma do povo com o qual estamos contatando é o conhecimento da forma como pensa, como age e negocia. Desde pequenas gafes até constrangimentos mais sérios podem prejudicar, ou até mesmo inviabilizar, meses de trabalho para conquistar um cliente. A regra básica número um para se atingir o mercado externo é o aprendizado das diferenças culturais, eNegócio Fechado: Guia Empresarial de Viagens traduz de forma simples e prática os valores comportamentais indispensáveis para os executivos vencerem no mundo globalizado.
A KPMG, parceira na edição desta obra, conhece bem essa realidade – são mais de 1.100 escritórios espalhados por 156 países – e sabe que, ao auditar companhias em vários segmentos de mercado, ao assessorar fusões, aquisições e joint ventures, analisar legislações tributárias ou implementar soluções de reestruturação/aperfeiçoamento gerencial, está levando a seus clientes a experiência acumulada das mais diversas culturas do planeta. Com visão global e ação local, a KPMG do Brasil deixa esta lembrança aos amigos e parceiros com quem compartilha.
Custeio ABC - Continuação
Como mencionado em nossa última postagem, hoje iremos
apresentar um exemplo prático do Custeio ABC.
De acordo com Annoni (2000), o Custeio ABC pode ser aplicado
em outras organizações além da indústria. Por isso, temos abaixo um exemplo de
uma agência bancária, apresentado por ele, onde temos as tarefas relacionadas
ao saque de um cheque.
Primeiro, ele elenca as tarefas relacionadas a atividade:
A – Recepcionar o cheque do cliente
B – Solicitar RG
C – Anotar dados do documento no verso do cheque
D – Autenticar o cheque
E – Pagar o cliente
F – Carimbar o cheque
G – Enviar para a retaguarda
Em seguida, apresenta a sequência simplificada das tarefas
no seguinte mapa (Figura 1):
Figura 1 –
Mapa de atividades
No segundo momento, são divididos três grupos de despesas no
tratamento dos recursos. Os grupos são: Pessoal, ocupação e imobilizado. Em
cada grupo são identificados a despesa total e seus direcionadores para
alocação desses recursos, fixando a taxa média de consumo dos recursos (i) nas
atividades.
Pessoal:
Suponha-se que a organização desembolsa R$ 20.000,00 com 10
funcionários, incluindo os encargos sociais. Nessa situação o direcionador
atrelado foi o tempo. Cada funcionário trabalha 8 hs/dia, totalizando 480 min
por dia e 9600 min (480 min x 20 dias úteis) por mês, multiplicando pelo total
de funcionários tem-se: 96.000min por mês. Tendo i como taxa média do consumo destes recursos tem-se:
i = 20.000 / 96.000 = R$ 0,2083 / min
Ocupação:
Neste grupo foi identificado como direcionador o tempo de
atividade, o mesmo utilizado no grupo anterior e foram elencadas as seguintes
despesas (Figura 2):
Figura 2
- Despesas
Como
isso, tem-se a seguinte taxa média de consumo dos recursos:
i
= 12.000 / 96000 = R$ 0,1250 / min
Imobilizado:
Apresentou-se neste
grupo basicamente despesas de manutenção e depreciação (Figura 3). Utilizou-se
o mesmo direcionador dos grupos anteriores, o tempo de atividade.
Figura 3 – Despesas de manutenção e depreciação
Com
isso, tem-se a seguinte taxa de consumo dos recursos:
i =
3.000 / 96.000 = R$ 0,03125 / min
Após
o cálculo de todas as taxas de consumo de recursos, calculou-se o custo
unitário de cada tarefa, baseado no tempo gasto por cada uma delas, tendo em
vista que o tempo foi o direcionador escolhido. A figura 4 apresenta os tempo
gasto por cada tarefa, o custo por grupo e o custo unitário de cada tarefa. Para
calcular o custo unitário de cada atividade (CU), foi realizado uma regra de
três para cada item.
Figura 4 – Custo
unitário das Tarefas.
Na
figura 4 foi determinado, além do custo unitário de cada tarefa, o custo
unitário da atividade (CU = R$ 0,2461), baseando-se nos recursos de pessoal,
ocupação e imobilizado adotando o tempo como direcionador. Na Figura 5
apresentou-se o resumo dos cálculos da Figura 4. Com isso, observou-se que o
custo unitário da atividade pode ser calculado a partir do tempo total medido
usando a regra de três.
Esse
foi exemplo prático apresentado por Renato Annoni, em um material produzido por
Cavalcante & Associados.
Em
nosso próximo postagem daremos continuidade as ferramentas gerencias. Fique
ligado no nosso Blog e na nossa Fan Page no Facebook, em
instantes estaremos lançando a nossa promoção. Até mais!
Referência
ANNONI,
Renato. O que é o método de custeio ABC -
Activity-Based Costing ou Custeio Baseado em Atividades – Parte II. Cavalcante
Associados, 2000.
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
Custeio ABC
Fonte: http://www.decisionmaster.net/images/A_DM_ActivityBasedCosting.jpg
Olá, queridos
leitores! Hoje daremos continuidade aos Métodos de Custeio, com dedicação
exclusiva ao Custeio ABC. O mesmo será trabalhado em duas postagem, essa com
uma visão mais teórica e aproxima com uma visão prática.
Custeio Baseado em Atividades
O Custeio Baseado
em Atividades, mais conhecido como ABC (Activity-Based Costing), procura reduzir sensivelmente as
distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos. Este custeio
pode ser aplicado, também, aos custos diretos, e é recomendável que o seja,
principalmente à mão de obra direta; porém não haverá́, diferenças
significativas em relação aos chamados “sistemas tradicionais”. A diferença
fundamental está no tratamento dado aos custos indiretos. (MARTINS, 2010)
O método ABC parte
do princípio de custeio por absorção ideal, pois trabalha com o direcionamento
de todos os custos para os produtos, tendo a vi- são dos custos das atividades
que não agregam valor. Todas as informações estão baseadas na gestão por
processos e aplicação da contabilidade de custos como ferramenta da
contabilidade gerencial. Esta metodologia trabalha com direcionamento de todos
os custos aos produtos ou serviços inclusive, mensurando a ineficiência fabril
que as linhas de produtos estão gerando reflexos nos resultados globais.
(FONTOURA, 2013)
“A abordagem
baseada em atividades é atraente no ambiente de negócios de hoje por usar mais
agrupamentos de custo e medidas exclusivas de atividade para melhor compreender
os custos de gerenciar e sustentar a diversidade de produtos.” (GARRISON, 2013)
Para melhor
esclarecimento do método ABC, temos as seguintes etapas que foram apresentadas
por Thais Lira Figueiredo em seu trabalho de conclusão de curso.
Etapas do método ABC
A aplicação do método ABC é dividido em quatro etapas. A primeira, é
identificar as atividades relevantes no processo, em seguida, é feito o
direcionamento do MOD e do CIF as atividades, na sequência, os custos das
atividades são direcionados aos produtos, obtendo
assim o valor dos custos totais de cada produto.
De
acordo com Figueiredo (2014), inicialmente, foram identificadas na indústria,
as atividades dos departamentos no processo produtivo. Após esta etapa, foram
realizados cálculos para atribuição dos custos as atividades, em relação ao MOD
foi utilizado o valor total da mão de obra do setor, dividido pela quantidade
de funcionários existentes no setor e multiplicado pela quantidade de
funcionários necessários para exercer a atividade. Já em relação aos
custos indiretos, o valor total foi distribuído em relação a quantidade de máquinas
necessárias as atividades de cada setor. Podemos enxergar melhor na tabela 1:
ATIVIDADES
|
MOD
|
CIF
|
||||||||
Combustí-veis
|
Depreciação
|
Diesel p/ Gerador
|
Energia Elétrica
|
Gás Natural
|
Lenha p/ Caldeira
|
Manuten-
ção e Reparo
|
Serviço Prestado
|
|||
costurar e revisar as malhas
|
37.341,38
|
-
|
13.547,53
|
6.518,1
|
29.724,19
|
-
|
-
|
19.624,66
|
13.212
|
|
anotar os defeitos encontrados
|
37.341,38
|
-
|
-
|
-
|
29.724,19
|
-
|
-
|
-
|
-
|
|
purga
|
47.202,44
|
2.717,38
|
50.803,25
|
6.518,16
|
23.779,35
|
-
|
40.786,75
|
19.624,66
|
13.212,31
|
|
pré alvejamento
|
47.202,44
|
2.717,38
|
50.803,25
|
6.518,16
|
23.779,35
|
-
|
40.786,75
|
19.624,66
|
13.212,31
|
|
alvejamento
|
47.202,44
|
2.717,38
|
50.803,25
|
6.518,16
|
23.779,35
|
-
|
40.786,75
|
19.624,66
|
13.212,31
|
|
adicionar corantes as maquinas
|
23.601,22
|
2.717,38
|
50.803,24
|
6.518,15
|
23.779,34
|
-
|
40.786,74
|
19.624,65
|
13.212,30
|
|
processo de tingimento em maquinas
|
23.601,22
|
2.717,37
|
50.803,24
|
6.518,15
|
23.779,34
|
-
|
40.786,74
|
19.624,65
|
13.212,30
|
|
eliminar o excesso de água das malhas
|
39.785,94
|
-
|
68.584,38
|
6.518,16
|
23.779,35
|
30.311,33
|
40.786,75
|
19.624,66
|
13.212,31
|
|
aplicar amaciantes
|
39.785,94
|
-
|
68.584,38
|
6.518,15
|
23.779,35
|
30.311,33
|
40.786,75
|
19.624,66
|
13.212,31
|
|
secar as malhas
|
39.785,94
|
-
|
137.168,76
|
13.036,32
|
23.779,35
|
60.622,66
|
81.573,50
|
39.249,32
|
26.424,62
|
|
cortar as malhas
|
25.576,68
|
-
|
34.292,19
|
3.259,08
|
23.779,34
|
15.155,67
|
20.393,38
|
9.812,33
|
6.606,16
|
|
embalar as malhas
|
25.576,68
|
-
|
34.292,20
|
3.259,07
|
23.779,34
|
15.155,66
|
20.393,38
|
9.812,33
|
6.606,15
|
Fonte: Figueiredo, 2014
Em seguida a
obtenção do valor do custo total utilizado em cada atividade, foram atribuídos
direcionadores a elas, para que fosse feito o rateio aos produtos. No estudo em
questão, o direcionador considerado para as atividades foi o tempo que o
produto gastou em cada uma delas. O
total gasto nas atividades de MOD e CIF foi dividido pela quantidade de minutos
existentes em 1 ano (60 x 24hs x 365dias = 525.600 minutos/ano), assim
obteve-se o valor gasto em 1 minuto de processo, que multiplicado pelo tempo
gasto refletiram os valores expressos na tabela 3.
Tabela 2 - Tempo Utilizado por Produto (em minutos)
Malha 30 light
|
Malha Listrada
|
Malha PP
|
|||||||
direcionador de atividades (minutos)
|
vermelho
|
branco
|
Pink
|
esmeralda
|
turquesa
|
vermelho
|
esmeralda
|
turquesa
|
vermelho
|
Tempo de costura e revisões
|
155
|
155
|
155
|
155
|
155
|
155
|
155
|
155
|
155
|
Tempo para especificação na ordem de produção
|
1
|
1
|
1
|
1
|
1
|
1
|
1
|
1
|
1
|
Tempo gasto na purga
|
100
|
50
|
100
|
40
|
40
|
40
|
40
|
40
|
40
|
Tempo utilizado no pré alvejamento
|
-
|
20
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
Tempo gasto (alvejamento)
|
-
|
25
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
Tempo para adicionar os corantes
|
40
|
20
|
40
|
20
|
20
|
20
|
20
|
20
|
20
|
tempo gastos nas maquinas
|
480
|
140
|
480
|
270
|
270
|
240
|
270
|
270
|
240
|
tempo utilizado
para eliminar o excesso
|
20
|
20
|
20
|
40
|
40
|
40
|
40
|
40
|
40
|
tempo gasto na aplicação de amaciantes
|
20
|
20
|
20
|
40
|
40
|
40
|
40
|
40
|
40
|
tempo de secagem
|
150
|
150
|
150
|
45
|
45
|
45
|
45
|
45
|
45
|
tempo para o corte para abrir
|
-
|
-
|
-
|
45
|
45
|
45
|
45
|
45
|
45
|
tempo gasto para embalagem
|
1
|
1
|
1
|
1
|
1
|
1
|
1
|
1
|
1
|
TOTAL
|
967
|
602
|
967
|
657
|
657
|
627
|
657
|
657
|
627
|
Fonte: Figueiredo, 2014
Malha 30
light
|
Malha
Listrada
|
Malha PP
|
||||||||
DIRECIONADOR DE ATIVIDADES
|
CUSTO DO MINUTO
|
vermelho
|
branco
|
pink
|
esmeralda
|
turquesa
|
vermelho
|
esmeralda
|
turquesa
|
vermelho
|
tempo de costura e
revisões
|
0,22825
|
35,38
|
35,38
|
35,38
|
35,38
|
35,38
|
35,38
|
35,38
|
35,38
|
35,38
|
tempo para
especificação na ordem de produção
|
0,12760
|
0,13
|
0,13
|
0,13
|
0,13
|
0,13
|
0,13
|
0,13
|
0,13
|
0,13
|
tempo gasto na purga
|
0,38935
|
38,94
|
19,47
|
38,94
|
15,57
|
15,57
|
15,57
|
15,57
|
15,57
|
15,57
|
tempo utilizado para elimar o excesso
|
0,46157
|
9,23
|
9,23
|
9,23
|
18,46
|
18,46
|
18,46
|
18,46
|
18,46
|
18,46
|
tempo gasto na
aplicação de amaciantes
|
0,46157
|
9,23
|
9,23
|
9,23
|
18,46
|
18,46
|
18,46
|
18,46
|
18,46
|
18,46
|
tempo de secagem
|
0,80221
|
120,33
|
120,33
|
120,33
|
36,10
|
36,10
|
36,10
|
36,10
|
36,10
|
36,10
|
tempo para o corte
para abrir
|
0,26422
|
-
|
-
|
-
|
11,89
|
11,89
|
11,89
|
11,89
|
11,89
|
11,89
|
tempo gasto para
embalagem
|
0,26422
|
0,26
|
0,26
|
0,26
|
0,26
|
0,26
|
0,26
|
0,26
|
0,26
|
0,26
|
TOTAL
|
392,61
|
266,67
|
392,61
|
236,15
|
236,15
|
225,82
|
236,15
|
236,15
|
225,82
|
Fonte: Figueiredo, 2014
Para completar o valor final dos custos, acrescenta-se o valor do MD
consumido por cada produto. No
processo em questão a produção foi de 1 lote de cada produto que representa 300
kg, o valor a ser acrescentado de MD a cada produto está descrito na tabela 4:
MATERIAIS DIRETOS
|
|||||
PRODUTO
|
COR
|
CUSTO MD
|
PRODUÇÃO (kg)
|
CUSTO POR KG
|
CUSTO DE 300 KG
(1 LOTE)
|
MALHA 30 LIGHT
|
VERMELHO
|
104.000,00
|
86.000
|
1,20930
|
362,79
|
BRANCO
|
180.000,00
|
50.400
|
3,57143
|
1.071,43
|
|
PINK
|
39.410,00
|
54.000
|
0,72981
|
218,94
|
|
MALHA LISTRADA
|
ESMERALDA
|
52.920,00
|
98.000
|
0,54000
|
162,00
|
TURQUESA
|
54.936,00
|
91.560
|
0,60000
|
180,00
|
|
VERMELHO
|
46.872,00
|
86.800
|
0,54000
|
162,00
|
|
MALHA PP
|
ESMERALDA
|
75.600,00
|
140.000
|
0,54000
|
162,00
|
TURQUESA
|
78.480,00
|
130.800
|
0,60000
|
180,00
|
|
VERMELHO
|
69.888,00
|
124.800
|
0,56000
|
168,00
|
|
TOTAL
|
702.106,00
|
862.360,00
|
8,89055
|
2.667,16
|
Fonte: Figueiredo, 2014
Para
chegar ao custo final de cada lote do produto, dividiu-se o valor do custo
total pela produção, para obter o valor gasto por kg, depois, foi multiplicado
o valor encontrado por 300kg que é o custo da produção em análise, conforme
mostrado na tabela.
Em
seguida, para obter o custo final do produto, acrescentou-se o valor do MD de
cada produto, conforme mostra a tabela 5. Nela vemos também, o valor final de
custos consumidos por cada produto que foi a soma de todos os gastos envolvidos
no processo produtivo, o MD, MOD e CIF.:
Malha 30 light
|
Malha Listrada
|
Malha PP
|
||||||||
DIRECIONADOR
DE ATIVIDADES
|
CUSTO DO MINUTO
|
vermelho
|
branco
|
Pink
|
esmeralda
|
turquesa
|
vermelho
|
esmeralda
|
turquesa
|
vermelho
|
tempo
de costura e revisões
|
0,22825
|
35,38
|
35,38
|
35,38
|
35,38
|
35,38
|
35,38
|
35,38
|
35,38
|
35,38
|
tempo
para especificação na ordem de produção
|
0,12760
|
0,13
|
0,13
|
0,13
|
0,13
|
0,13
|
0,13
|
0,13
|
0,13
|
0,13
|
tempo
gasto na purga
|
0,38935
|
38,94
|
19,47
|
38,94
|
15,57
|
15,57
|
15,57
|
15,57
|
15,57
|
15,57
|
tempo
utilizado no pré alvejamento
|
0,38935
|
-
|
7,79
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
tempo
gasto (alvejamento)
|
0,38935
|
-
|
9,73
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
tempo
para adicionar os corantes
|
0,34445
|
13,78
|
6,89
|
13,78
|
6,89
|
6,89
|
6,89
|
6,89
|
6,89
|
6,89
|
tempo
gastos nas maquinas
|
0,34445
|
165,34
|
48,22
|
165,34
|
93,00
|
93,00
|
82,67
|
93,00
|
93,00
|
82,67
|
tempo
utilizado para elimar o excesso
|
0,46157
|
9,23
|
9,23
|
9,23
|
18,46
|
18,46
|
18,46
|
18,46
|
18,46
|
18,46
|
tempo
gasto na aplicação de amaciantes
|
0,46157
|
9,23
|
9,23
|
9,23
|
18,46
|
18,46
|
18,46
|
18,46
|
18,46
|
18,46
|
tempo
de secagem
|
0,80221
|
120,33
|
120,33
|
120,33
|
36,10
|
36,10
|
36,10
|
36,10
|
36,10
|
36,10
|
tempo
para o corte para abrir
|
0,26422
|
-
|
-
|
-
|
11,89
|
11,89
|
11,89
|
11,89
|
11,89
|
11,89
|
tempo
gasto para embalagem
|
0,26422
|
0,26
|
0,26
|
0,26
|
0,26
|
0,26
|
0,26
|
0,26
|
0,26
|
0,26
|
SUBTOTAL
|
392,61
|
266,67
|
392,61
|
236,15
|
236,15
|
225,82
|
236,15
|
236,15
|
225,82
|
|
MATERIAIS DIRETOS (MD)
|
362,79
|
1.071,43
|
218,94
|
162,00
|
180,00
|
162,00
|
162,00
|
180,00
|
168,00
|
|
TOTAL
(CP)
|
755,40
|
1.338,09
|
611,56
|
398,15
|
416,15
|
387,82
|
398,15
|
416,15
|
393,82
|
Fonte: Fonte, 2014
O Custeio ABC é
rico de informações, por isso apresentaremos um pouco mais em nossa próxima
postagem. Devido a essa gama de informações o Custeio ABC está sendo muito
utilizado em pesquisas, além de ser uma ótima opção para você que ainda está em
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Facebook, ainda essa semana lançaremos a promoção. Até a próxima!
Referências
FIGUEIREDO, T. L. Aplicação do Custeio ABC para Gerar Informações na Tomada de Decisão:
Um Estudo de Caso em Uma Indústria Têxtil na Cidade de João Pessoa. João
Pessoa: UFPB, 2014.
FONTOURA, F. Gestão de custos: uma visão integradora e prática dos métodos de
custeio. São Paulo: Atlas,
2013.
GARRISON, R. H.; NOREEN, E. W.; BREWER,
P. C. Contabilidade Gerencial. 14. ed. Porto Alegre: AMGH,
2013.
MARTINS,
E. Contabilidade de Custos. 10.ed.
São Paulo: Atlas, 2010.
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