sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Resultado do Sorteio



Pessoal, já temos o felizardo! 
Agradecemos a todos que participaram da nossa promoção. Peço que continuem conectados ao nosso Blog, ainda temos muito para contribuir com vocês. Aproveito o momento para divulgar que em breve teremos uma nova promoção, sortearemos o livro da prof. Dra. Umbelina Lagioia, o mesmo já está dedicado pela Autora. Você, com certeza, não vai ficar de fora.

Mas enfim, vamos ao que interessa, o felizardo é Danilo Roberto Zanuto, segue o link do resultado. Mais uma vez obrigado a todos.

sorteiefb.com.br/resultado?id=2cn9

Balanced Scorecard

Olá, nesta postagem iremos falar de mais uma ferramenta da Contabilidade Gerencial, o Balanced Scorecard.

O Balanced Scorecard apresentado por Kaplan e Norton em 1992, é um dos artefatos modernos da Contabilidade Gerencial. De acordo com Serra et al (2013, p. 324) “scorecard significa, em inglês, cartão para registro de resultados; balanced significa equilibrado, ou balanceado. A própria designação mostra, assim, a característica funda- mental desta ferramenta de implementação da estratégia: o equilíbrio entre os indicadores de desempenho.”

Na visão dos criadores, o BSC pode ser utilizado pelas organizações como um sistema de gestão estratégica, permitindo que as mesmas administrem o alcance de sua estratégia no longo prazo (KAPLAN; NORTON, 1996, p. 10, apud FREZATTI et al, 2011) ao permitir:
a) Explicar e traduzir a visão e a estratégia.
b) Comunicar e ligar os objetivos estratégicos e a forma de mensurá-los.
c) Planejar, estabelecer metas e alinhar as iniciativas estratégicas.
d) Melhorar o feedback e a aprendizagem.

Os próprios autores (Kaplan e Norton) fazem questão de mencionar que na Europa, mas especificamente na França, já existia, a mais de duas décadas (isso em 1996), um sistema semelhante, nomeado de Tableau de Bord. Este tem por finalidade ajudar a conduzir a empresa mediante a identificação dos fatores-chave de sucesso, principalmente os que podem ser medidos por variáveis físicas. (PADOVEZE, 2010)

O balanced scorecard pode ser utilizado como alinhador estratégico da organização. A definição de indicadores, presentes neste artefato, para as várias dimensões faz com que as mesmas tenham metas específicas para dado período. Não sugeri a substituir o processo de planejamento de modo geral, mas sim como alternativa e/ou complementando o processo. Os criadores consideram que pode ser utilizado como sistema de gestão da estratégia da entidade ou como alinhador da mesma. (FREZATTI, 2013)

Essa ferramenta baseia-se na representação equilibrada dos indicadores financeiros e operacionais, distribuídos em quatro perspectivas: a financeira, a dos clientes externos, a dos processos internos e a de aprendizagem e crescimento. (SERRA et al, 2013).

A perspectiva financeira tem por objetivo especificar os fatores críticos de sucesso requeridos pelos acionistas. Na perspectiva dos clientes externos as empresas identificam os segmentos de clientes e os segmentos de mercado nos quais desejam competir, gerenciando os fatores críticos de sucesso relacionados aos clientes. Os processos internos são essenciais para continuidade do negócio, nessa perspectiva os gestores devem identificar as características de custo, qualidade, tempo e desempenho que lhes permitam oferecer produtos e serviços que atendam às necessidades dos clientes da organização. E por fim, na perspectiva de aprendizagem e crescimento são desenvolvidos objetivos e medidas para orientar o aprendizado e o crescimento organizacional. (FREZATTI et al, 2011)


Imagem 1 - Possível estratégia na Jaguar e o balanced scorecard.


Fonte: Garrison, 2013, p.487

Isso é apenas uma amostra do Balanced Scorecard, está ferramenta é extremamente rica de detalhes e de informações, em nossa próxima postagem daremos continuação a essa ferramenta e para mais detalhes consultem a nossas referências. Até mais!

Referências

FREZATTI, F.  et al. Controle gerencial: uma abordagem da contabilidade gerencial no contexto econômico, comportamental e sociológico. São Paulo: Atlas, 2011.


FREZATTI, F. Orçamento empresarial: planejamento e controle gerencial. 5. ed. Atlas, 2013.


GARRISON, R. H.; NOREEN, E. W.; BREWER, P. C. Contabilidade Gerencial. 14. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.


PADOVEZE, C. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7.ed. Atlas, 2010.


SERRA, F. R. et al. Gestão estratégica: conceitos e casos. São Paulo: Atlas, 2013.


terça-feira, 28 de outubro de 2014

Just in Time e Benchmarking


Caros leitores, hoje apresentamos a vocês duas ferramentas consideradas como modernas para a contabilidade gerencial: o Just in time e o Benchmarking.

Just in time

Fonte:http://gestaoempresarialequalidade.blogspot.com.br/2012/06/just-in-time-jit.html

De acordo com Gitman (2006, p.407) “O sistema Just in Time (JIT) é usado para minimizar o investimento em estoque. A filosofia é que os materiais devem chegar exatamente no momento em que eles são necessários para a produção.” Ou seja, a empresa manteria apenas o seu estoque necessário para operação em andamento, não possuindo estoques de segurança. Para que o JIT funcione corretamente, a empresa precisa estar em perfeita sintonia com as partes envolvidas (os fornecedores, as empresas de expedição e os empregados).

“Conceitualmente, o JIT enfoca que as compras de materiais só devem ser feitas em quantidade e no momento exato da necessidade da produção, processadas em seguida e os produtos concluídos devem imediatamente ser expedidos aos clientes.” (PADOVEZE, 2010, p.625)

Padoveze (2010) adaptou de Garrison os seguintes elementos fundamentais para implementação e manutenção do sistema JIT com sucesso:
a) a empresa deve aprender a trabalhar com poucos fornecedores, de confiança e que assegurem a qualidade e prazos de entrega de materiais;
b) os fornecedores devem ter condições de entregar os materiais em lotes pequenos, de forma rápida, continua e integrada com o fluxo de produção da empresa compradora, em intervalos de tempo pequenos, diários ou até́ horários;
c) a empresa deve implementar a filosofia TQC, de forma que a qualidade durante todo o processo de fabricação seja assegurada e que nenhum defeito seja permitido durante o processamento fabril;
d) a empresa deverá ter operários multiespecializados, deforma a atender a produção de forma flexível, e provavelmente deverá rearrumar a fábrica dentro do conceito de ilhas ou células de produção.

Garrison (2013, p.11) apresenta o sistema Just in time como produção enxuta e define como “uma abordagem de gestão que organiza recursos como pessoal e máquinas em torno do fluxo de processos de negócios e que somente produz unidades em resposta a pedidos dos clientes.”

O pensamento enxuto é diferente dos demais métodos de produção tradicionais, que dividem os trabalhos em departamentais e encorajam esses departamentos a maximizarem sua produção, mesmo que isso venha ultrapassar a demanda e abarrotar os estoques. Com esse pensamento enxuto, o número de unidades produzidas tende a ser igual ao número de unidades vendidas. Essa abordagem resulta em menos defeitos, menos esforços desperdiçados e tempos mais curtos de resposta ao cliente do que os apresentados pelos métodos de produção tradicionais. (GARRISON, 2013)

Exemplo prático Just in time

Feitosa et al (2010) realizou um estudo em uma empresa do setor calçadista de Campina Grande – PB, verificando se a utilização deste sistema de produção proporciona vantagens para a empresa estudada. Para atingir aos seus objetivos, os autores realizaram visita técnica à empresa, diálogos informais, observação-participante e revisão bibliográfica.

Quanto aos resultados, eles observaram que a empresa não faz uso integral dos princípios da filosofia Just in Time, tendo em vista que em algumas atividades da produção os princípios se aplicam parcialmente. Entretanto, em outras etapas do processo produtivo as diretrizes são aplicadas totalmente. A implementação deste sistema pela empresa possibilitou a redução de custos e a melhor coordenação do processo produtivo. Assim, os autores concluíram que a prática deste sistema é vantajosa para empresa estudada, na medida que segue promovendo a melhoria contínua dos processos.

Benchmarking

O Benchmarking é uma técnica de pesquisa desenvolvida nos Estados Unidos, por volta dos anos 70, que procura identificar em outras empresas algum procedimento ou técnica para melhoria de alguma atividade especifica. Do ponto de vista de pesquisa é uma metodologia que se assemelha ao estudo de caso. (LAS CASAS, 2012)

Benchmarking é uma abordagem sistemática para identificar as atividades que mais precisam de melhorias, e se baseia na comparação do desempenho de uma organização com o de outras organizações similares conhecidas pelo excelente desempenho.” (GARRISON, 2013, p.298)

De acordo com Martins, Protil e Doliveira (2010, p.2) “de diferentes formas e com diferentes enfoques o benchmarking vem sendo aplicado por praticamente todos os tipos de organizações, tanto em indústrias como em empresas prestadoras de serviços.”


Estamos chegando ao fim das principais ferramentas utilizadas pela contabilidade gerencial, em breve lançaremos mais uma promoção com sugestão de tema para as próximas postagens, mas por enquanto curtam a nossa FanPage e participe da nossa promoção, o sorteio será no dia 31/10. Até mais.    

Referências

FEITOSA, M. J. S. et al. Análise da aplicação do sistema Just in Time em uma indústria calçadista de Campina Grande – PB: um estudo de caso na São Paulo Alpargatas.  INGEPRO – Inovação, Gestão e Produção, Santa Catarina, v. 2, n. 9, set. 2010. ISSN 1984-6193


GARRISON, R. H.; NOREEN, E. W.; BREWER, P. C. Contabilidade Gerencial. 14. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.


GITMAN, L. J.; MADURA, J. Administração financeira uma abordagem gerencial. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2006.


Las Casas, Alexandre. Marketing de Serviços. 6 ed. Atlas, 2012.


MARTINS, M. M. C.; PROTIL, R. M.; DOLIVEIRA, S. L. Avaliação do Benchmarking como Ferramenta de Gestão Estratégica para Cooperativas Agroindustriais. In: Congresso SOBER - Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural, 48., 2010, Campo Grande.


PADOVEZE, C. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7.ed. Atlas, 2010

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Custeio RKW e Preços de Transferência

Olá caros leitores, hoje iremos finalizar os sistemas de Custeio com o Custeio RKW e em seguida será apresentada mais uma ferramenta Gerencial: Preço de Transferência.

Custeio RKW

Conhecida no Brasil como RKW (abreviação de Reichskuratorium für Wirtschaftlichkeit), trata-se de uma técnica disseminada originalmente na Alemanha, que consiste no rateio não só́ dos custos de produção como também de todas as despesas da empresa, inclusive financeiras, a todos os produtos. Funciona com base na alocação dos custos e despesas aos diversos departamentos da empresa para depois ir-se procedendo às várias series de rateio de forma que, ao final, todos os custos e despesas estejam recaindo exclusivamente sobre os produtos. (MARTINS, 2010)

É Considerado por Fontoura (2013) o método precursor do Sistema ABC, que por muito tempo foi considerado erroneamente como método inovador, afirma também sua semelhança com o método UEP, por tratar os custos de transformação que tem parâmetros coerentes de distribuição primária e secundária.

Com a apresentação do Custeio RKW encerramos a apresentação dos Custeios mais utilizados. Agora, daremos continuidade as Ferramentas Gerenciais com os Preços de Transferência.

Preços de Transferência

Fonte: http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/imagens/preco-de-transferencia.jpg



De acordo com Padoveze (2010, p. 284), “Preço de transferência é o valor obtido pelo método de mensuração da receita dos produtos e serviços transferidos internamente.”

Segundo Grunow e Beuren (2011), o preço de transferência pode ser conceituada na perspectiva fiscal e gerencial. Na perspectiva fiscal o preço de transferência é o valor cobrado pela empresa na venda ou transferência de bens, serviços ou propriedade intangível, à empresa a ela relacionada. Enquanto na perspectiva gerencial, o preço de transferência é um valor definido em termos monetários para registrar as transferências de bens e serviços realizadas entre os centros de responsabilidade de uma empresa. 

Para Garrison (2013, p. 505), “um preço de transferência é o preço cobrado quando um segmento de uma empresa fornece produtos ou serviços para outro segmento da mesma empresa.”


Nas próximas postagens continuaremos com as Ferramentas Gerenciais. Nossa Promoção já foi lançada, o sorteio será no dia 31/10. Participe, não fique de fora e não deixe de Curtir a nossa FanPage no FaceBook. Até mais!

Referências

FONTOURA, F. Gestão de custos: uma visão integradora e prática dos métodos de custeio. São Paulo: Atlas, 2013. 


GARRISON, R. H.; NOREEN, E. W.; BREWER, P. C. Contabilidade Gerencial. 14. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.


GRUNOW, A.; BEUREN, I. M. Finalidade da Utilização do Preço de Transferência nas Maiores Indústrias do Brasil. Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ (online), Rio de Janeiro, v. 16, n. 2, p. 80-95, maio/ago., 2011. ISSN 1984-3291


MARTINS, E. Contabilidade de Custos. 10.ed. São Paulo: Atlas, 2010.


PADOVEZE, C. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7.ed. Atlas, 2010


terça-feira, 21 de outubro de 2014

Sorteio de Livro

Olá queridos leitores, para movimentar um pouco mais a nossa Página no FaceBook iremos sortear o livro Negócio Fechado: Guia Empresarial de Viagens. Para participar da promoção você precisa:

1. Curtir a nossa FanPage (só receberá o livro quem tiver curtido nossa página no Facebook);

2. Compartilhar o link dessa postagem em sua linha do tempo (é importante que você clique em compartilhar a partir da página do facebook, pois assim poderemos confirmar se a pessoa que ganhou também compartilhou - caso contrário terei que sortear de novo).

3. Clicar no link da promoção para ativar a sua participação no sorteio (é preciso clicar em "Quero participar").

O sorteio será realizado no dia 31/10/2014. Participe! Não fique de fora!



Aqui temos uma pequena descrição do livro que estamos sorteando. 

Negócio Fechado: Guia Empresarial de Viagens (selo Escrituras, em parceria com a KPMGé a bússola que todo executivo atual necessita para entender as culturas negociais corretas, em qualquer continente do mundo. Em uma economia sem fronteiras, a postura e a etiqueta podem ser fatores de sucesso em uma transação comercial.



O perfil do executivo internacional é o de um profissional que consegue deixar seus hóspedes à vontade, conhece e respeita o protocolo, observa os costumes, é criativo e empreendedor, fala vários idiomas e tem uma visão global. Fazer negócios é algo muito mais amplo do que simplesmente negociar. Fazer negócios é socializar e implica amizade, etiqueta, paciência, protocolo e uma longa lista de detalhes culturais.


Mais importante do que o conhecimento do idioma do povo com o qual estamos contatando é o conhecimento da forma como pensa, como age e negocia. Desde pequenas gafes até constrangimentos mais sérios podem prejudicar, ou até mesmo inviabilizar, meses de trabalho para conquistar um cliente. A regra básica número um para se atingir o mercado externo é o aprendizado das diferenças culturais, eNegócio Fechado: Guia Empresarial de Viagens traduz de forma simples e prática os valores comportamentais indispensáveis para os executivos vencerem no mundo globalizado.


A KPMG, parceira na edição desta obra, conhece bem essa realidade – são mais de 1.100 escritórios espalhados por 156 países – e sabe que, ao auditar companhias em vários segmentos de mercado, ao assessorar fusões, aquisições e joint ventures, analisar legislações tributárias ou implementar soluções de reestruturação/aperfeiçoamento gerencial, está levando a seus clientes a experiência acumulada das mais diversas culturas do planeta. Com visão global e ação local, a KPMG do Brasil deixa esta lembrança aos amigos e parceiros com quem compartilha.

Custeio ABC - Continuação




Como mencionado em nossa última postagem, hoje iremos apresentar um exemplo prático do Custeio ABC.
De acordo com Annoni (2000), o Custeio ABC pode ser aplicado em outras organizações além da indústria. Por isso, temos abaixo um exemplo de uma agência bancária, apresentado por ele, onde temos as tarefas relacionadas ao saque de um cheque.
Primeiro, ele elenca as tarefas relacionadas a atividade:
A – Recepcionar o cheque do cliente
B – Solicitar RG
C – Anotar dados do documento no verso do cheque
D – Autenticar o cheque
E – Pagar o cliente
F – Carimbar o cheque
G – Enviar para a retaguarda

Em seguida, apresenta a sequência simplificada das tarefas no seguinte mapa (Figura 1):

Figura 1 – Mapa de atividades
 Fonte: Annoni, 2000
No segundo momento, são divididos três grupos de despesas no tratamento dos recursos. Os grupos são: Pessoal, ocupação e imobilizado. Em cada grupo são identificados a despesa total e seus direcionadores para alocação desses recursos, fixando a taxa média de consumo dos recursos (i) nas atividades.

Pessoal:

Suponha-se que a organização desembolsa R$ 20.000,00 com 10 funcionários, incluindo os encargos sociais. Nessa situação o direcionador atrelado foi o tempo. Cada funcionário trabalha 8 hs/dia, totalizando 480 min por dia e 9600 min (480 min x 20 dias úteis) por mês, multiplicando pelo total de funcionários tem-se: 96.000min por mês. Tendo i como taxa média do consumo destes recursos tem-se:
i = 20.000 / 96.000 = R$ 0,2083 / min

Ocupação:

Neste grupo foi identificado como direcionador o tempo de atividade, o mesmo utilizado no grupo anterior e foram elencadas as seguintes despesas (Figura 2):
Figura 2 -  Despesas
 Fonte: Annoni, 2000

Como isso, tem-se a seguinte taxa média de consumo dos recursos:
i =  12.000 / 96000 = R$ 0,1250 / min

Imobilizado:

Apresentou-se neste grupo basicamente despesas de manutenção e depreciação (Figura 3). Utilizou-se o mesmo direcionador dos grupos anteriores, o tempo de atividade.

Figura 3 – Despesas de manutenção e depreciação
 Fonte: Annoni, 2000


Com isso, tem-se a seguinte taxa de consumo dos recursos:
i = 3.000 / 96.000 = R$ 0,03125 / min

Após o cálculo de todas as taxas de consumo de recursos, calculou-se o custo unitário de cada tarefa, baseado no tempo gasto por cada uma delas, tendo em vista que o tempo foi o direcionador escolhido. A figura 4 apresenta os tempo gasto por cada tarefa, o custo por grupo e o custo unitário de cada tarefa. Para calcular o custo unitário de cada atividade (CU), foi realizado uma regra de três para cada item.

Figura 4 – Custo unitário das Tarefas.

 Fonte: Annoni, 2000
Na figura 4 foi determinado, além do custo unitário de cada tarefa, o custo unitário da atividade (CU = R$ 0,2461), baseando-se nos recursos de pessoal, ocupação e imobilizado adotando o tempo como direcionador. Na Figura 5 apresentou-se o resumo dos cálculos da Figura 4. Com isso, observou-se que o custo unitário da atividade pode ser calculado a partir do tempo total medido usando a regra de três. 

Esse foi exemplo prático apresentado por Renato Annoni, em um material produzido por Cavalcante & Associados.
Em nosso próximo postagem daremos continuidade as ferramentas gerencias. Fique ligado no nosso Blog e na nossa Fan Page no Facebook, em instantes estaremos lançando a nossa promoção. Até mais!

Referência
ANNONI, Renato. O que é o método de custeio ABC - Activity-Based Costing ou Custeio Baseado em Atividades – Parte II. Cavalcante Associados, 2000.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Custeio ABC

Fonte: http://www.decisionmaster.net/images/A_DM_ActivityBasedCosting.jpg


Olá, queridos leitores! Hoje daremos continuidade aos Métodos de Custeio, com dedicação exclusiva ao Custeio ABC. O mesmo será trabalhado em duas postagem, essa com uma visão mais teórica e aproxima com uma visão prática.  

Custeio Baseado em Atividades

O Custeio Baseado em Atividades, mais conhecido como ABC (Activity-Based Costing), procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos. Este custeio pode ser aplicado, também, aos custos diretos, e é recomendável que o seja, principalmente à mão de obra direta; porém não haverá́, diferenças significativas em relação aos chamados “sistemas tradicionais”. A diferença fundamental está no tratamento dado aos custos indiretos. (MARTINS, 2010)

O método ABC parte do princípio de custeio por absorção ideal, pois trabalha com o direcionamento de todos os custos para os produtos, tendo a vi- são dos custos das atividades que não agregam valor. Todas as informações estão baseadas na gestão por processos e aplicação da contabilidade de custos como ferramenta da contabilidade gerencial. Esta metodologia trabalha com direcionamento de todos os custos aos produtos ou serviços inclusive, mensurando a ineficiência fabril que as linhas de produtos estão gerando reflexos nos resultados globais. (FONTOURA, 2013)

“A abordagem baseada em atividades é atraente no ambiente de negócios de hoje por usar mais agrupamentos de custo e medidas exclusivas de atividade para melhor compreender os custos de gerenciar e sustentar a diversidade de produtos.” (GARRISON, 2013)
Para melhor esclarecimento do método ABC, temos as seguintes etapas que foram apresentadas por Thais Lira Figueiredo em seu trabalho de conclusão de curso.

Etapas do método ABC

A aplicação do método ABC é dividido em quatro etapas. A primeira, é identificar as atividades relevantes no processo, em seguida, é feito o direcionamento do MOD e do CIF as atividades, na sequência, os custos das atividades são direcionados aos produtos, obtendo assim o valor dos custos totais de cada produto.

De acordo com Figueiredo (2014), inicialmente, foram identificadas na indústria, as atividades dos departamentos no processo produtivo. Após esta etapa, foram realizados cálculos para atribuição dos custos as atividades, em relação ao MOD foi utilizado o valor total da mão de obra do setor, dividido pela quantidade de funcionários existentes no setor e multiplicado pela quantidade de funcionários necessários para exercer a atividade. Já em relação aos custos indiretos, o valor total foi distribuído em relação a quantidade de máquinas necessárias as atividades de cada setor. Podemos enxergar melhor na tabela 1:


ATIVIDADES
MOD
CIF
Combustí-veis
Depreciação
Diesel p/ Gerador
Energia Elétrica
Gás Natural
Lenha p/ Caldeira
Manuten-
ção e Reparo
Serviço Prestado
costurar e revisar as malhas
37.341,38
-
13.547,53
6.518,1
29.724,19
-
-
19.624,66
13.212
anotar os defeitos encontrados
37.341,38
-
-
-
29.724,19
-
-
-
-
purga
47.202,44
2.717,38
50.803,25
6.518,16
23.779,35
-
40.786,75
19.624,66
13.212,31
pré alvejamento
47.202,44
2.717,38
50.803,25
6.518,16
23.779,35
-
40.786,75
19.624,66
13.212,31
alvejamento
47.202,44
2.717,38
50.803,25
6.518,16
23.779,35
-
40.786,75
19.624,66
13.212,31
adicionar corantes as maquinas
23.601,22
2.717,38
50.803,24
6.518,15
23.779,34
-
40.786,74
19.624,65
13.212,30
processo de tingimento em maquinas
23.601,22
2.717,37
50.803,24
6.518,15
23.779,34
-
40.786,74
19.624,65
13.212,30
eliminar o excesso de água das malhas
39.785,94
-
68.584,38
6.518,16
23.779,35
30.311,33
40.786,75
19.624,66
13.212,31
aplicar amaciantes
39.785,94
-
68.584,38
6.518,15
23.779,35
30.311,33
40.786,75
19.624,66
13.212,31
secar as malhas
39.785,94
-
137.168,76
13.036,32
23.779,35
60.622,66
81.573,50
39.249,32
26.424,62
cortar as malhas
25.576,68
-
34.292,19
3.259,08
23.779,34
15.155,67
20.393,38
9.812,33
6.606,16
embalar as malhas
25.576,68
-
34.292,20
3.259,07
23.779,34
15.155,66
20.393,38
9.812,33
6.606,15
  Fonte: Figueiredo, 2014

 Em seguida a obtenção do valor do custo total utilizado em cada atividade, foram atribuídos direcionadores a elas, para que fosse feito o rateio aos produtos. No estudo em questão, o direcionador considerado para as atividades foi o tempo que o produto gastou em cada uma delas.  O total gasto nas atividades de MOD e CIF foi dividido pela quantidade de minutos existentes em 1 ano (60 x 24hs x 365dias = 525.600 minutos/ano), assim obteve-se o valor gasto em 1 minuto de processo, que multiplicado pelo tempo gasto refletiram os valores expressos na tabela 3.

Tabela 2 - Tempo Utilizado por Produto (em minutos)
Malha 30 light
Malha Listrada
Malha PP
direcionador de atividades (minutos)
vermelho
branco
Pink
esmeralda
turquesa
vermelho
esmeralda
turquesa
vermelho
Tempo de costura e revisões
155
155
155
155
155
155
155
155
155
Tempo para especificação na ordem de produção
1
1
1
1
1
1
1
1
1
Tempo gasto na purga
100
50
100
40
40
40
40
40
40
Tempo utilizado no pré alvejamento
-
20
-
-
-
-
-
-
-
Tempo gasto (alvejamento)
-
25
-
-
-
-
-
-
-
Tempo para adicionar os corantes
40
20
40
20
20
20
20
20
20
tempo gastos nas maquinas
480
140
480
270
270
240
270
270
240
tempo utilizado  para eliminar o excesso
20
20
20
40
40
40
40
40
40
tempo gasto na aplicação de amaciantes
20
20
20
40
40
40
40
40
40
tempo de secagem
150
150
150
45
45
45
45
45
45
tempo para o corte para abrir
-
-
-
45
45
45
45
45
45
tempo gasto para embalagem
1
1
1
1
1
1
1
1
1
TOTAL
967
602
967
657
657
627
657
657
627
  Fonte: Figueiredo, 2014
Malha 30 light
Malha Listrada
Malha PP
DIRECIONADOR DE ATIVIDADES
CUSTO DO MINUTO
vermelho
branco
pink
esmeralda
turquesa
vermelho
esmeralda
turquesa
vermelho
tempo de costura e revisões
0,22825
35,38
35,38
35,38
35,38
35,38
35,38
35,38
35,38
35,38
tempo para especificação na ordem de produção
0,12760
0,13
0,13
0,13
0,13
0,13
0,13
0,13
0,13
0,13
tempo gasto na purga
0,38935
38,94
19,47
38,94
15,57
15,57
15,57
15,57
15,57
15,57
tempo utilizado  para elimar o excesso
0,46157
9,23
9,23
9,23
18,46
18,46
18,46
18,46
18,46
18,46
tempo gasto na aplicação de amaciantes
0,46157
9,23
9,23
9,23
18,46
18,46
18,46
18,46
18,46
18,46
tempo de secagem
0,80221
120,33
120,33
120,33
36,10
36,10
36,10
36,10
36,10
36,10
tempo para o corte para abrir
0,26422
-
-
-
11,89
11,89
11,89
11,89
11,89
11,89
tempo gasto para embalagem
0,26422
0,26
0,26
0,26
0,26
0,26
0,26
0,26
0,26
0,26
TOTAL
392,61
266,67
392,61
236,15
236,15
225,82
236,15
236,15
225,82
Fonte: Figueiredo, 2014

Para completar o valor final dos custos, acrescenta-se o valor do MD consumido por cada produto. No processo em questão a produção foi de 1 lote de cada produto que representa 300 kg, o valor a ser acrescentado de MD a cada produto está descrito na tabela 4:

MATERIAIS DIRETOS
PRODUTO
COR
CUSTO MD
PRODUÇÃO (kg)
CUSTO POR KG
CUSTO DE 300 KG
(1 LOTE)
MALHA 30 LIGHT
VERMELHO
104.000,00
86.000
1,20930
362,79
BRANCO
180.000,00
50.400
3,57143
1.071,43
PINK
39.410,00
54.000
0,72981
218,94
MALHA LISTRADA
ESMERALDA
52.920,00
98.000
0,54000
162,00
TURQUESA
54.936,00
91.560
0,60000
180,00
VERMELHO
46.872,00
86.800
0,54000
162,00
MALHA PP
ESMERALDA
75.600,00
140.000
0,54000
162,00
TURQUESA
78.480,00
130.800
0,60000
180,00
VERMELHO
69.888,00
124.800
0,56000
168,00
TOTAL
702.106,00
862.360,00
8,89055
2.667,16
Fonte: Figueiredo, 2014

Para chegar ao custo final de cada lote do produto, dividiu-se o valor do custo total pela produção, para obter o valor gasto por kg, depois, foi multiplicado o valor encontrado por 300kg que é o custo da produção em análise, conforme mostrado na tabela.

Em seguida, para obter o custo final do produto, acrescentou-se o valor do MD de cada produto, conforme mostra a tabela 5. Nela vemos também, o valor final de custos consumidos por cada produto que foi a soma de todos os gastos envolvidos no processo produtivo, o MD, MOD e CIF.:


Malha 30 light
Malha Listrada
Malha PP
DIRECIONADOR DE ATIVIDADES
CUSTO DO MINUTO
vermelho
branco
Pink
esmeralda
turquesa
vermelho
esmeralda
turquesa
vermelho
tempo de costura e revisões
0,22825
35,38
35,38
35,38
35,38
35,38
35,38
35,38
35,38
35,38
tempo para especificação na ordem de produção
0,12760
0,13
0,13
0,13
0,13
0,13
0,13
0,13
0,13
0,13
tempo gasto na purga
0,38935
38,94
19,47
38,94
15,57
15,57
15,57
15,57
15,57
15,57
tempo utilizado no pré alvejamento
0,38935
-
7,79
-
-
-
-
-
-
-
tempo gasto (alvejamento)
0,38935
-
9,73
-
-
-
-
-
-
-
tempo para adicionar os corantes
0,34445
13,78
6,89
13,78
6,89
6,89
6,89
6,89
6,89
6,89
tempo gastos nas maquinas
0,34445
165,34
48,22
165,34
93,00
93,00
82,67
93,00
93,00
82,67
tempo utilizado  para elimar o excesso
0,46157
9,23
9,23
9,23
18,46
18,46
18,46
18,46
18,46
18,46
tempo gasto na aplicação de amaciantes
0,46157
9,23
9,23
9,23
18,46
18,46
18,46
18,46
18,46
18,46
tempo de secagem
0,80221
120,33
120,33
120,33
36,10
36,10
36,10
36,10
36,10
36,10
tempo para o corte para abrir
0,26422
-
-
-
11,89
11,89
11,89
11,89
11,89
11,89
tempo gasto para embalagem
0,26422
0,26
0,26
0,26
0,26
0,26
0,26
0,26
0,26
0,26
SUBTOTAL
392,61
266,67
392,61
236,15
236,15
225,82
236,15
236,15
225,82
MATERIAIS DIRETOS (MD)
362,79
1.071,43
218,94
162,00
180,00
162,00
162,00
180,00
168,00
TOTAL (CP)
755,40
1.338,09
611,56
398,15
416,15
387,82
398,15
416,15
393,82
  Fonte: Fonte, 2014


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Referências
FIGUEIREDO, T. L. Aplicação do Custeio ABC para Gerar Informações na Tomada de Decisão: Um Estudo de Caso em Uma Indústria Têxtil na Cidade de João Pessoa. João Pessoa: UFPB, 2014.


FONTOURA, F. Gestão de custos: uma visão integradora e prática dos métodos de custeio. São Paulo: Atlas, 2013. 


GARRISON, R. H.; NOREEN, E. W.; BREWER, P. C. Contabilidade Gerencial. 14. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.


MARTINS, E. Contabilidade de Custos. 10.ed. São Paulo: Atlas, 2010.