Caros leitores, hoje apresentamos a vocês duas ferramentas
consideradas como modernas para a contabilidade gerencial: o Just in time e o Benchmarking.
Just in time
Fonte:http://gestaoempresarialequalidade.blogspot.com.br/2012/06/just-in-time-jit.html
De acordo com Gitman (2006, p.407) “O sistema Just
in Time (JIT) é usado para minimizar o investimento em estoque. A filosofia
é que os materiais devem chegar exatamente no momento em que eles são
necessários para a produção.” Ou seja, a empresa manteria apenas o seu estoque
necessário para operação em andamento, não possuindo estoques de segurança.
Para que o JIT funcione corretamente, a empresa precisa estar em perfeita
sintonia com as partes envolvidas (os fornecedores, as empresas de expedição e
os empregados).
“Conceitualmente, o JIT enfoca que as compras de materiais
só devem ser feitas em quantidade e no momento exato da necessidade da
produção, processadas em seguida e os produtos concluídos devem imediatamente
ser expedidos aos clientes.” (PADOVEZE, 2010, p.625)
Padoveze (2010) adaptou de Garrison os seguintes elementos
fundamentais para implementação e manutenção do sistema JIT com sucesso:
a) a empresa deve aprender a trabalhar com poucos
fornecedores, de confiança e que assegurem a qualidade e prazos de entrega de
materiais;
b) os fornecedores devem ter condições de entregar os
materiais em lotes pequenos, de forma rápida, continua e integrada com o fluxo
de produção da empresa compradora, em intervalos de tempo pequenos, diários ou
até́ horários;
c) a empresa deve implementar a filosofia TQC, de forma que
a qualidade durante todo o processo de fabricação seja assegurada e que nenhum
defeito seja permitido durante o processamento fabril;
d) a empresa deverá ter operários multiespecializados,
deforma a atender a produção de forma flexível, e provavelmente deverá
rearrumar a fábrica dentro do conceito de ilhas ou células de produção.
Garrison (2013, p.11) apresenta o sistema Just in time como produção enxuta e
define como “uma abordagem de gestão que organiza recursos como pessoal e
máquinas em torno do fluxo de processos de negócios e que somente produz
unidades em resposta a pedidos dos clientes.”
O pensamento enxuto é diferente dos demais métodos de
produção tradicionais, que dividem os trabalhos em departamentais e encorajam
esses departamentos a maximizarem sua produção, mesmo que isso venha
ultrapassar a demanda e abarrotar os estoques. Com esse pensamento enxuto, o
número de unidades produzidas tende a ser igual ao número de unidades vendidas.
Essa abordagem resulta em menos defeitos, menos esforços desperdiçados e tempos
mais curtos de resposta ao cliente do que os apresentados pelos métodos de
produção tradicionais. (GARRISON, 2013)
Exemplo prático Just in time
Feitosa et al (2010) realizou um estudo em uma empresa do
setor calçadista de Campina Grande – PB, verificando se a utilização deste sistema
de produção proporciona vantagens para a empresa estudada. Para atingir aos
seus objetivos, os autores realizaram visita técnica à empresa, diálogos
informais, observação-participante e revisão bibliográfica.
Quanto aos resultados, eles observaram que a empresa não faz
uso integral dos princípios da filosofia Just
in Time, tendo em vista que em algumas atividades da produção os princípios
se aplicam parcialmente. Entretanto, em outras etapas do processo produtivo as
diretrizes são aplicadas totalmente. A implementação deste sistema pela empresa
possibilitou a redução de custos e a melhor coordenação do processo produtivo.
Assim, os autores concluíram que a prática deste sistema é vantajosa para
empresa estudada, na medida que segue promovendo a melhoria contínua dos
processos.
Benchmarking
O Benchmarking é
uma técnica de pesquisa desenvolvida nos Estados Unidos, por volta dos anos 70,
que procura identificar em outras empresas algum procedimento ou técnica para
melhoria de alguma atividade especifica. Do ponto de vista de pesquisa é uma
metodologia que se assemelha ao estudo de caso. (LAS CASAS, 2012)
“Benchmarking é
uma abordagem sistemática para identificar as atividades que mais precisam de
melhorias, e se baseia na comparação do desempenho de uma organização com o de
outras organizações similares conhecidas pelo excelente desempenho.” (GARRISON,
2013, p.298)
De acordo com Martins, Protil e Doliveira (2010, p.2) “de
diferentes formas e com diferentes enfoques o benchmarking vem sendo aplicado por praticamente todos os tipos de
organizações, tanto em indústrias como em empresas prestadoras de serviços.”
Estamos chegando ao fim das principais ferramentas
utilizadas pela contabilidade gerencial, em breve lançaremos mais uma promoção
com sugestão de tema para as próximas postagens, mas por enquanto curtam a
nossa FanPage e participe da nossa
promoção, o sorteio será no dia 31/10. Até mais.
Referências
FEITOSA, M. J. S. et al. Análise da aplicação do sistema
Just in Time em uma indústria calçadista de Campina Grande – PB: um estudo de
caso na São Paulo Alpargatas. INGEPRO – Inovação, Gestão e Produção,
Santa Catarina, v. 2, n. 9, set. 2010. ISSN 1984-6193
GARRISON, R. H.; NOREEN, E. W.; BREWER,
P. C. Contabilidade Gerencial. 14. ed. Porto Alegre: AMGH,
2013.
GITMAN, L. J.; MADURA, J. Administração financeira uma abordagem gerencial. São Paulo: Pearson
Addison Wesley, 2006.
Las Casas, Alexandre. Marketing
de Serviços. 6 ed. Atlas, 2012.
MARTINS, M. M. C.; PROTIL, R. M.; DOLIVEIRA, S. L. Avaliação
do Benchmarking como Ferramenta de Gestão Estratégica para Cooperativas
Agroindustriais. In: Congresso SOBER - Sociedade Brasileira de Economia,
Administração e Sociologia Rural, 48., 2010, Campo Grande.
PADOVEZE, C. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação
contábil. 7.ed. Atlas, 2010
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