Fonte: http://www.sindiconet.com.br/260/Informese/Divisao-de-despesas
Olá, queridos
leitores, hoje iremos falar sobre os Sistemas de Custeio, mais uma das
ferramentas utilizadas pela contabilidade gerencial.
Em decorrência ao
crescimento das empresas, com o consequente aumento da distância entre o
administrador e ativos e pessoas administradas, a Contabilidade de Custos
passou a ser encarada como uma eficiente forma de auxílio no desempenho da
Contabilidade Gerencial. (MARTINS, 2010)
A contabilidade
gerencial, por meio da contabilidade de custos, é fundamental no planejamento estratégico
das organizações, criando avaliações que auxiliam a gestão empresarial e a maximização
dos resultados, contanto que seja realizada a difícil leitura, a partir da estratégia,
particularidades organizacionais e escolha da melhor metodologia de custeio de
acordo com a necessidade informacional da empresa. (FONTOURA, 2013)
Agora iremos
detalhar os métodos de custeio Variável e por Absorção.
Custeio Variável
O método de Custeio
Variável é aplicado, em sua maioria, nas organizações que estão iniciando a sua
caminhada na área de custos, empresas com alta ociosidade nas operações e
empresas comerciais de atividades simplificadas, tendo em vista que nessas
circunstâncias uma análises em margens, ponto de equilíbrio, já dá um suporte
informacional inicial conveniente, podendo migrar para outros métodos e
análises com evolução da cultura organizacional. (FONTOURA, 2013)
Neste método,
apenas os custos de produção que variam com o nível de produção são tratados
como custos de produto, que na maioria das vezes são: materiais diretos, mão de
obra direta e a porção variável dos custos indiretos de produção. Os custos
fixos indiretos de produção são tratados como um custo de período e, como as
despesas de venda e administrativas, são lançados por completo em cada período.
Com isso, o custo de uma unidade de produto no estoque ou nos custos de
produtos vendidos sob o método do custeio variável não contém nenhum custo
geral de produção que seja fixo. O custeio variável também é conhecido como
custeio direto ou custeio marginal. (GARRISON, 2013)
Embora o Custeio
Variável ofereça informações decisórias muito mais rapidamente, mas os
Princípios Contábeis utilizados atualmente não permitem a utilização de
demonstrações avaliadas a base do Custeio Variável, pois de fato este modo fere
com os Princípios Contábeis, principalmente o Regime de Competência e a
Confrontação. Porém isso não impede que as empresas utilizem deste método para
controle interno, ou mesmo que o formalize completamente na Contabilidade
durante o período todo, basta que no final seja feito um lançamento de ajuste
para que fique tudo amoldado aos critérios exigidos. (MARTINS, 2010)
Vantagens e
Desvantagens do Custeio Variável
VANTAGENS
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O
impacto dos custos fixos nos resultados fica em evidência porque o total
desses custos aparece no demonstrativo de resultados.
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Não
envolve rateios e critérios de distribuição de gastos, facilitando o cálculo
e tornando este um modelo de fácil compreensão.
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Os
dados necessários para a análise das relações custo - volume - lucro são
rapidamente obtidos no sistema de informação contábil.
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O
custeamento direto constitui um conceito de custeamento de inventário que
corresponde diretamente aos gastos necessários para manufaturar os produtos;
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O
custeamento direto possibilita mais clareza no planejamento do lucro e na
tomada de decisões;
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O
custeio direto oferece mais informações úteis e relevantes para tomada de
decisão, principalmente por evidenciar, de forma clara e objetiva, a margem
de contribuição que a instituição precisa ter para suportar determinado
volume de atividade, de modo a absorver os seus custos fixos e gerar
resultados favoráveis.
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DESVANTAGENS
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As
dificuldades encontradas na separação entre custos fixos e variáveis são uma
constante. Os erros ou inconsistências na classificação dos custos e ainda as
mudanças dos custos variáveis torna este custeio limitado.
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A
exclusão dos custos fixos indiretos para valoração dos estoques causa a subavaliação, o que fere os princípios
contábeis e altera o resultado do período.
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Na
prática, a separação dos custos fixos e variáveis não é tão clara como
parece.
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Não
é aceito pela legislação tributária para fins de avaliação de estoques.
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Ao
não considerar os custos fixos acaba tendo uma visão de curto prazo.
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É
desvantajoso para a elaboração de relatórios externos.
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Fonte: Apostilha do Projeto - A
Utilização da Contabilidade de Custos no Processo de Tomada de Decisão
Custeio por Absorção
A característica
mais forte deste método é que todos os custos de produção são alocados aos
produtos, mas apenas os custos de produção, enquanto as despesas de estrutura, comercialização,
administração, são reconhecidas como custos do período, não sendo distribuídos
aos produtos. Dessa forma, os custos dos produtos são basicamente matérias-primas,
mão de obra, depreciação, e outros custos ligados diretamente à produção, como
energia elétrica rateada. Com isso, o custo dos produtos é o somatório dos
custos indiretos distribuídos aos produtos de acordo com a utilização e os
custos diretos específicos de cada produto. (FONTOURA, 2013)
Diferente do
anterior, o Custeio por Absorção é aceito nas demonstrações e para o pagamento
de Imposto de Renda, tendo em vista que ele não fere os princípios Contábeis e
ainda está comtemplado no CPC 16, que trata da valorização de estoques.
(MARTINS, 2010)
“Por incluir todos
os custos de produção nos custos de produto, o custeio por absorção em geral é
chamado de método do custo total.” (GARRISON, 2013)
Vantagens e
Desvantagens do Custeio por Absorção
VANTAGENS
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É de fácil implantação e de melhor
aceitação, uma vez que todos os custos são absorvidos e integrados ao custo
unitário;
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Obedece aos preceitos contábeis geralmente
aceitos;
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Está de acordo com a legislação fiscal;
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Os custos fixos possuem grande relevância;
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O custo fixo é levado a estoque e só
transforma-se em resultado no momento da venda;
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Permite a apuração de custos por “centro de
custos”.
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Alocação de todos os custos pode melhorar a
utilização dos recursos escassos de uma empresa reduzindo desperdícios.
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É útil em empresas que tem processo de produção
pouco flexível e com poucos produtos.
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DESVANTAGENS
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Incorpora ao valor dos estoques os custos
fixos indiretos, o que gera uma superavaliação de estoques, pois, custos
indiretos fixos deveriam ser registrados como despesa do período a que se
refere;
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Promove distorções nas decisões devido à
arbitrariedade dos rateios e de incentivar a superprodução;
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O seu uso é apenas para relatórios
contábeis externos;
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Leva a decisões econômicas inadequadas,
incentivando a redução dos custos unitários;
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Contêm quase sempre uma arbitrariedade,
pois, as alocações são feitas sem vincular o custo a cada produto;
|
O custo unitário sempre é mascarado por
incorporar o custo fixo indireto.
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Não evidencia a
capacidade ociosa da empresa.
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Poderá elevar artificialmente os custos de
alguns produtos.
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Fonte: Apostilha do Projeto - A
Utilização da Contabilidade de Custos no Processo de Tomada de Decisão
Custeio por
Absorção X Custeio Variável
Para que possamos visualizar melhor as diferenças, abaixo
segue dois quadros comparativos entre o Custeio por Absorção e o Custeio
Variável.
QUADRO I
CUSTEIO POR ABSORÇÃO
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CUSTEIO VARIÁVEL
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||
CUSTOS DE PRODUTOS
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MATÉRIA-PRIMA
DIRETA
|
CUSTOS DE PRODUTOS
|
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MÃO-DE-OBRA
DIRETA
|
|||
CUSTOS
GERAIS VARIÁVEIS DE PRODUÇÃO
|
|||
CUSTOS GERAIS FIXOS DE PRODUÇÃO
|
CUSTOS DO PERÍODO
|
||
CUSTOS DO PERÍODO
|
DESPESAS
VARIÁVEIS DE VENDA E ADMINISTRAÇÃO
|
||
DESPESAS
FIXAS DE VENDA E ADMINISTRAÇÃO
|
|||
Fonte: Apostilha do Projeto - A
Utilização da Contabilidade de Custos no Processo de Tomada de Decisão
QUADRO II
CUSTEIO POR ABSORÇÃO
|
CUSTEIO VARIÁVEL
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Todos
os custos de fabricação são considerados como custo do produto.
|
Apenas
os custos variáveis são considerados.
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O
resultado varia em função da produção.
|
O
resultado varia somente em função das vendas.
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É
necessário utilizar métodos de rateio, muitas vezes arbitrários, para
atribuir os custos fixos aos produtos.
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Não
se utiliza métodos de rateio, os custos fixos são considerados como despesa e
não como custo do produto.
|
É
possível estabelecer o custo total unitário aos produtos.
|
Há
um custo unitário parcial, pois considera os custos variáveis.
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Não
identifica a margem de contribuição;
|
Identifica
a margem de contribuição unitária e global.
|
Importante
para decisões de longo prazo.
|
Importante
para decisões de curto prazo.
|
Fonte: Apostilha do Projeto - A
Utilização da Contabilidade de Custos no Processo de Tomada de Decisão
Esses são dois dos
diversos tipos de Custeio, nas próximas postagens apresentaremos outros tipos
de Custeio. Fiquem ligados no nosso blog, curtam a nossa Fan Page no Facebook e não percam, em breve, a nossa
promoção. Até mais!
Referências
GARRISON, R. H.; NOREEN, E. W.; BREWER,
P. C. Contabilidade Gerencial. 14. ed. Porto Alegre: AMGH,
2013.
MARTINS,
E. Contabilidade de Custos. 10.ed.
São Paulo: Atlas, 2010.
FONTOURA, F. Gestão de custos: uma visão integradora e prática dos métodos de
custeio. São Paulo: Atlas,
2013.
A
Utilização da Contabilidade de Custos no Processo de Tomada de Decisão. PROJETO DE
EXTENÇÃO - UFPB.
Adorei a página!
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